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sábado, 7 de fevereiro de 2015

Resenha - Kill All Enemies

 No meio da banca de queima de estoque, em meio a vários outros livros, um me chamou atenção. Estava meio amassado, sujo em um lado, e a ilustração da capa não era muito convidativa. Mas o título gritava “Kill All Enemies”. Bem, não custava nada ler a sinopse:


Se você tem 15, 20, 45 ou 70 anos e está com este livro nas mãos, você está com sorte. Porque este é um belo livro, capaz de arrepiar, emocionar e fazer pensar. Estamos falando de emoção pura, à flor da pele, provocada pelas histórias de Billie – a menina sem pai nem mãe, boa de briga, que enfrenta o mundo na base da porrada –, de Rob – o gordinho boa-praça, fã de heavy metal, atormentado pelo padrasto em casa e pelo bullying na escola – e de Chris – o cara rebelde, em pé de guerra com a escola e que odeia fazer lição de casa. Depois de conhecer o dia a dia desta turma, é difícil imaginar como tantas coisas erradas, tanta tristeza, revolta e angústia cabem nos corações de pessoas tão jovens. Eles estão perdidos em meio a conflitos sem saída: pais controladores ou violentos, mães ausentes ou alcoólatras, mais preocupadas com namorados vagabundos do que com os filhos.
Bastou ler a orelha para me fazer comprar este exemplar um tanto maltratado – e custou somente 9,90 dilmas!
Não comecei a ler logo que voltei pra casa, mas alguns dias depois resolvi começar. E quando comecei... vocês já sabem, não consegui largar!

O  livro conta a história de três adolescentes cujas vidas já ultrapassaram o limite do que um jovem normal consegue aguentar. Dor, sofrimento, impaciência, acusações, eles passam por tudo isso, e aos poucos nós conseguimos enxergar esses personagens à nossa volta, na nossa vida, e num instante paramos pra pensar na forma como nós enxergamos esses seres que suportam tanta coisa e são julgados por tantos outros. Mas enfim.

O livro, do autor Melvin Burgess, é dividido em três partes, e cada capítulo é narrado por um personagem. A maioria deles é narrado pelos três protagonistas, mas alguns por outros personagens, necessários pra continuidade da narrativa. A escrita do autor é direta, sem muitas enrolações, e bem real, eu diria. O livro vai acompanhando o dia a dia dos personagens, e aos poucos você começa a perceber como eles estão relacionados entre si.

Uma coisa engraçada foi que, aquela página de agradecimentos do autor estava no fim do livro, mas eu não havia notado. E quando eu já estava no ultimo capítulo, eu pensei que haveria outro, e quando virei a página – eram os agradecimentos! E omg, morri aos poucos, porque queria continuar lendo, queria mais capítulos, mais de tudo!!!

Finalmente, este livro foi uma das leituras mais agradáveis que eu tive esse ano, com uma história onde o humor e a tristeza estão na medida perfeita, e no fim, mexe com você. Super recomendo, pra qualquer idade. Independente do estilo que você gosta, acho que irá gostar bastante!

É isso, então! Um grande beijo, até a próxima!

Obs.: A capa original é tão bonita! Não entendi porque essa brasileira ficou tão estranha!

Obs.²: Em vários momentos eu lembrei da série de TV britânica Skins, e nos agradecimentos o autor revela que originalmente, esta história seria para um programa de TV também. Não pesquisei sobre isso, mas será que seria uma possível concorrente de Skins?


Obs.³: As histórias vivenciadas são baseadas em histórias reais, cujos jovens que realmente passaram por isso inspiraram a criação dos personagens.

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